Procedimento tão comum e necessário no mundo empresarial, a escrituração contábil nem sempre é realizada da forma correta por empreendedores ou colaboradores responsáveis. Muitos, na verdade, nem sabem de sua existência, embora seja a partir dela que se torna possível fazer o balanço de todo estabelecimento.
A escrituração contábil ou fiscal nada mais é que a reunião de documentos de todas as movimentações realizadas pela empresa durante o mês, inclusive as que envolvam o departamento de pessoal. Para que o procedimento seja feito da maneira correta, absolutamente todas as operações devem ser inclusas: compras, vendas, pagamento de fornecedores, recebimentos e pagamentos em atraso, impostos, salários, pró-labore e benefício a funcionários.
A transformação de todos esses dados em relatórios contábeis permite que o contador formule o balanço da empresa. Esta é uma das funções do profissional de contabilidade, porém ele não terá como fornecer os resultados anuais se não receber as informações. Ou seja, a qualidade do balanço está diretamente ligada à qualidade dos documentos enviados pelo empresário e por sua equipe. E é aí que surge outro papel fundamental da escrituração: as informações nela contidas serão também utilizadas em negociações ou cadastros do estabelecimento junto a clientes, fornecedores e outras instituições, principalmente bancos.
A empresa deve definir alguns processos para controlar sua vida financeira, como a separação das despesas do proprietário, compras sempre com notas fiscais e sem gastos e vendas que não possam ser comprovados no balanço. Organizar os procedimentos internos e dispor do serviço de um contador que possa orientar quanto a isso são imprescindíveis para que a qualidade das informações prestadas seja garantida.
(Dora Ramos, especialista em Finanças Pessoais e Contabilidade, diretora responsável pela Fharos Contabilidade & Gestão Empresarial)
Fonte: Jornal Contábil