Usar uma palavra em inglês? Ou em francês? Colocar o sobrenome da família? Fazer algum trocadilho? Na hora de escolher o nome para sua empresa, surgem muitas dúvidas. Afinal, existe alguma fórmula secreta para se nomear um negócio que garanta o seu sucesso? Para especialistas, a resposta é não, mas existem algumas dicas que podem ajudar o empreendedor que está passando por esse processo.
Victor Santos, consultor de Marketing da Negocioteca, diz que o processo de criação de um nome envolve duas etapas principais: a primeira exige definição do conceito da marca, e a segunda é um brainstorming, no qual devem ser anotadas todas as ideias que aparecem:
— O importante é registrar as possibilidades para, a partir daí, ter uma base sobre a qual decidir e lapidar.
É importante ainda, dizem especialistas, que o empreendedor saiba combinar sua intenção com outras opiniões.
— Ouvir as pessoas é a melhor forma de validar se determinado nome se adequa ou não à estratégia da empresa e também é a principal fonte de insights, especialmente se elas representam seu público alvo. Por sua vez, o criador não pode desprezar sua intuição. Não se trata de um ou outro, mas sim de um com outro — orienta Marcelo Macedo, Head de Negócios na agência de design thinking Tangerina.
Leandra Soares, diretora de Planejamento da Agência KI, lembra que há algumas orientações que podem auxiliar a escolha de um nome certo:
— Não são regras rígidas, mas podem orientar a escolha da melhores opções. Um nome curto é mais fácil de pronunciar e memorizar. É importante que seja bonito e tenha a sonoridade adequada. Se a imagem que você quer passar é de força, pode não fazer muito sentido escolher um nome que soe delicado.
E o inglês: deve ou não ser usado?
— A questão do idioma é muito relativa. Não existe uma lógica que diga se você escolher um nome em inglês vai ser melhor do que se escolher um nome em português. A realidade é que tudo vai depender do trabalho que será feito em cima do reconhecimento da marca — diz Santos, da Negocioteca.
Mas quando o negócio não vai bem das pernas, trocar de nome pode ser uma alternativa para dar um novo gás.
— Porém, não há como garantir que haverá ótimos resultados, afinal a necessidade de mudar o nome pode ser um indicativo que, na verdade, o que é preciso mudar é o modelo de negócio — lembra Macedo, da Tangerina.
DICAS PARA ACERTAS NA ESCOLHA
Url. “Fatores como tipo de negócio, contexto cultural, simplicidade, pronúncia, grafia e até facilidade de solicitar registro da url para um futuro site precisam ser observados ”, diz Marcelo Macedo, Head de Negócios na agência Tangerina.
Intuição. “A intuição do criador do negócio é importante, pois ninguém conhece o negócio melhor do que ele, porém, a ajuda de um profissional especializado traz vantagens”, afirma Leandra Soares, diretora da Agência KI.
Imagem. “A criação do nome pode envolver duas etapas. Na primeira, você define o conceito que dará origem e sustentará a imagem da marca e o negócio no mercado. Já na segunda, você pode realizar um brainstorming e anotar todas as ideias que surgirem, boas ou ruins”, sugere Victor Santos, da Negocioteca.
Mudança. “Mudar o nome pode ser uma boa oportunidade pra chamar a atenção do consumidor. Mas, como toda ação estratégica, envolve riscos, custos e benefícios”, pondera Jonatas Jacob, diretor de criação da KI.
Fonte: O Globo – RJ