O assunto, já há algum tempo, é realidade nacional. A contribuição que as micro e pequenas empresas (MPE) agregam aos números oficiais de crescimento do país não podem ser pormenorizados. Segundo levantamento realizado pela Fundação Dom Cabral e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) no ano passado, o valor agregado das MPE cresceu de R$ 445 bilhões para R$ 599 bilhões no período de 2009 a 2011. Embora os números mais recentes ainda não estejam fechados, a expectativa é que em 2012 e 2013 o crescimento médio anual tenha sido de 11%, acumulando R$ 631 bilhões e R$ 696 bilhões, respectivamente. Atualmente, pelo menos 27% do Produto Interno Bruno do país é gerado pelos pequenos negócios.
Em Minas Gerais, o cenário não difere do registrado no restante do Brasil. As MPE já correspondem a 67% da receita gerada no Estado. Os segmentos são os mais diversos, sendo que comércio e serviços são os mais numerosos. Cientes da importância que seus negócios representam, os empresários investem cada vez mais em estrutura – tanto física quanto empresarial – e esperam colher os frutos.
É notório que o relacionamento com o cliente, a qualidade dos produtos ofertados e um preço competitivo são os itens básicos de acompanhamento que todo empresário deve manter em sua rotina. Mais recentemente, acompanhar as mudanças no ambiente macroeconômico, já que várias delas afetam diretamente o cotidiano dos empresários – tais como o aumento do IOF, a possibilidade de mudança de IR para prestador de serviço, e a inclusão no sistema Supersimples. É justamente nesse momento que os serviços oferecidos pelo profissional de contabilidade podem ajudar a manter a empresa em ordem.
Os empreendedores que enxergaram a evolução das tarefas do contador entendem que o papel desse profissional é oferecer suporte para as tomadas de decisão, aprimorar o desempenho gerencial administrativo e operacional, atualizar a economia tributária, melhoria em sua gestão operacional.
Embora as exigências dos clientes mudem e a capacidade de adaptação do empresário seja quase que inerente ao negócio, o que observamos nesse desenrolar dos anos é praticamente uma unanimidade: a reclamação da alta carga tributária e o arrocho financeiro que os empresários estão passando. O resultado disso é a constatação de evidências que a maioria dos empresários brasileiros sonegam impostos ou praticam evasão fiscal. O motivo? A discordância com as políticas do sistema tributário nacional. Caso o dono da empresa caia na malha fina/ fiscalização da Receita, literalmente se paga um preço alto na tentativa de regularização. O desafio do contador é orientar e guiar o empresário em suas finanças, buscando equilíbrio e lucratividade sem colocar em risco seu patrimônio – e, mais grave ainda, sua reputação.
Fonte: Portal Administradores